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Verbo Condicionado é o título do álbum de poesia de Luís Ramos (Os Invulgares) que a Bibliotrónica Portuguesa acaba de acolher na página de originais. Com edição e ilustração de Ângela Correia.

Trata-se do livro de estreia de um jovem poeta, onde a voz do mais simples quotidiano se articula com o questionamento da vida. Na poesia de Luís Ramos, alguém pensa na compreensão do movimento, no castigo da realidade, nos ditadores muito velhos e engenhosos, na linguagem como contrário da solidão, na natureza externa do tempo… alguém impedido de conhecer intimamente o mundo por já não ter peúgas lavadas, que observa o mundo da janela comendo Cerelac, impedido de lavar talheres como quem é impedido de amar.

É por isso que as aves fazem

ninhos no cimo dos ramos

e os pombos andam sobrevivendo

pelas estações ferroviárias

entre a bagagem

o excremento e a pastilha

elástica.

 

Quer saber porquê? Basta procurar a resposta num dos poemas de Verbo Condicionado, de Luís Ramos. À procura desta resposta, encontrará muitas outras, e também um extraordinário poeta.

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