Regra
a) Junto de dois verbos plenos, em que cada um é núcleo de uma oração diferente, é obrigatória a colocação do pronome clítico junto do verbo de que seja complemento direto. b) Junto a perífrases verbais com particípio passado, é obrigatória a subida do clítico, colocando junto do particípio passado. c) Junto de perífrases verbais formadas por verbo pleno e verbo auxiliar, prefira-se não subir o pronome clítico para junto do verbo auxiliar, embora não seja obrigatório. d) Junto de perífrases verbais com gerúndio, prefira-se elevar o pronome clítico, embora não seja obrigatório. e) Junto de construções em que certos verbos (querer, conseguir, desejar, pretender, tencionar, tentar) assumem a função de auxiliar, prefira-se não subir o pronome clítico, embora não seja obrigatório.
Exemplos
a) «Eles quiseram punir-me da pior maneira»; «Eu obriguei-me a aguentar tudo com um sorriso.» b) «A Maria tem-me visitado todos os dias.» c) Preferir: «Tu estás a condenar-me sem motivo». Não preferir: «Tu estás-me a condenar sem motivo». Preferir: «Ela está a encaminhar-se para casa». Não preferir: «Ela está-se a encaminhar para casa». d) Preferir: «Estas dúvidas são inevitáveis. A Marta vem-nas enfrentando há semanas». Não preferir: «Estas dúvidas são inevitáveis. A Marta vem enfrentando-as há semanas». e) Preferir «Quero lê-lo o mais depressa possível». Não preferir: «Quero-o ler o mais depressa possível». Preferir: «Não desejo reformulá-lo». Não preferir: «Não o desejo reformular». Preferir: «Pretendi encontrá-la». Não preferir: «Pretendi-a encontrar». Preferir: «O tio tentou convidar-nos». Não preferir: «O tio tentou-nos convidar».