Ódio, por Hélio Sequeira
O vidro partiu-se, mas a arma caiu para dentro de casa.
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Aproximava-me do rochedo, derrubando as teias de aranha carregadas de geada.
Apagámos a defeituosa memória humana, a memória seletiva, a dos sonhos obsoletos.
Sete anos! E não tinha nem mais um euro na carteira do que quando a tinha conhecido. Sete anos que tinham passado lentamente.
Tinha 74 anos e batalhões de tormentos. Não se tratava apenas de dor física, também havia recordações do passado, de quando era mais novo. Juntei forças. Deixei-as atuar. Fiquei surpreendido. Podia dar-me ao luxo de desprezar o regresso.
Os Invulgares são agora quatro. Encontrámo-nos para celebrar o acontecimento.