Esta dor não mata, por Ângela Correia
Tudo em troca do ínfimo alívio imediato. Por um miserável grão de alívio, o corpo – cobarde – tudo diz.
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Tudo em troca do ínfimo alívio imediato. Por um miserável grão de alívio, o corpo – cobarde – tudo diz.
O senhor agente escrevia sobre vidas que a peneira das enciclopédias não retém, nem incomodam o curso da História.
Havia então no mundo esta numerosa casta de monstros sagrados, que eu julgava até unidos por afetos umbilicais e reflexos medulares.
O meu estômago começou a transformar-se noutro órgão, mais parecido com os pulmões de uma rapariga de romance romântico.
Todos queremos o passado de volta. A nossa querida vida, e o futuro que nela se alojava por cumprir.
Tudo tem a ver, pensamos, com a resposta que se dá à questão da linguagem.
Dir-se-ia um público aflito com a ideia de perder quem o faça rir.
Também se lê «Avenida de Berne» na 5.ª edição, onde se guarda a última vontade da autora sobre Tanta Gente, Mariana.