Saber e não querer saber, por Ana Rita Sintra
Era aquele tipo de saber como quem não quer a coisa. E, a sério, eu não queria.
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Era aquele tipo de saber como quem não quer a coisa. E, a sério, eu não queria.
Um quarteto de narrativas breves, atravessadas pelo quarteto para cordas e quatro helicópteros de Karlheinz Stockhausen, prefaciadas pelo compositor Nuno da Rocha, com ilustração do artista plástico Jorge Caseirão: eis como pode apresentar-se o novo original da Bibliotrónica Portuguesa. A Impureza do Sentido começou a nascer durante uma leitura de «Poesia Pura», de M. S. […]
Também se lê «Avenida de Berne» na 5.ª edição, onde se guarda a última vontade da autora sobre Tanta Gente, Mariana.
O nome não lhes vem de um qualquer gosto pela bizarria, mas da fuga consistente à emoção facilitada pela escrita criativa hábil, habilidosa ou dócil, que se tornou vulgar. Os Invulgares são, por enquanto, a Ana Rita Sintra, o Luís Ramos e o Mário Nascimento, e o blogue da Bibliotrónica Portuguesa vai passar a publicá-los […]
Lendo O Quarteto de Alexandria, de Lawrence Durrell, na edição da D. Quixote, encontrei a seguinte declaração, feita pelo narrador: Quando fala com uma pessoa nunca olha para ela de frente, o que é um traço comum aos homossexuais. Vem esta declaração na sequência da apresentação da personagem Balthasar, logo no início da parte II, […]
Ontem foi noite da palavra no Sagrada Família, em Alfama. Fábio Salgado rodeou-se de livros em papel, smartphone, vídeos, documentário e música cantada em português, numa sucessão de presenças e de tempos quase vertiginosa, mas sempre conseguindo a proeza de não causar vertigem. De Carlos Paredes a Pedro e Diana, passando por Zeca Medeiros, Tom […]
Com a publicação de Por Força!, de Maximiliano de Azevedo, chega pela segunda vez à Bibliotrónica Portuguesa uma reedição preparada a partir de um dos livros da biblioteca de Osório Mateus. O carimbo descrito pelos autores da reedição, na nota editorial, comprova-o. Esta biblioteca, atualmente disponível na Biblioteca da Faculdade de Letras da Universidade de […]
A Bibliotrónica Portuguesa lançou hoje a reedição de Suspiros de Santo Agostinho, obra de um anónimo, traduzida em 1656 por Dionísio dos Anjos, e agora reeditada por Ana Oliveira e Catarina Horta. A reedição deste texto do séc. XVII representou um desafio com certo grau de dificuldade. Na verdade, o livro-fonte em papel, que foi impresso […]
Entre as leituras gravadas de texto literário há as que são competentes e cativantes, habitualmente protagonizadas por atores profissionais. Nestas leituras encenadas, quem lê representa (para usar o verbo dos atores), passando uma interpretação do texto lido, que, sendo envolvente, também se fecha sobre si própria. O que no texto sempre fica aberto e livre para cada leitor ali […]
A grande diferença entre editar autores desaparecidos e editar autores vivos é a possibilidade de influência. Quando editamos um autor desaparecido, a última vontade que ele deixou expressa é o norte na bússola e o travão à mão do editor. É muitas vezes a quimera que nos obriga a trabalho árduo e a raciocínios labirínticos. […]