A última narrativa, por Luís Ramos
A fina linha. Fim da linha. Limite. Tudo limita. Além nada há.
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A fina linha. Fim da linha. Limite. Tudo limita. Além nada há.
Era aquele tipo de saber como quem não quer a coisa. E, a sério, eu não queria.
Um quarteto de narrativas breves, atravessadas pelo quarteto para cordas e quatro helicópteros de Karlheinz Stockhausen, prefaciadas pelo compositor Nuno da Rocha, com ilustração do artista plástico Jorge Caseirão: eis como pode apresentar-se o novo original da Bibliotrónica Portuguesa. A Impureza do Sentido começou a nascer durante uma leitura de «Poesia Pura», de M. S. […]
Até uma manhã em que, ao calçá-la, dei por mim enternecida com o estado em que tinha os pés.
Sete anos! E não tinha nem mais um euro na carteira do que quando a tinha conhecido. Sete anos que tinham passado lentamente.
Viviam na mesma casa, mas parecia que mal se viam ou falavam. Devia ser normal para os irmãos, que passavam a vida agarrados ao ecrã do computador, qual máquina de suporte de vida, mas ela era diferente… ou não?
São 17 h 11 min. É quase noite. E voltámos ao mesmo. Sempre o mesmo. Acordamos ainda de noite. Queremos a noite. Queremos o dia. Ah… Não é isto e isto não pode continuar. Eu tenho de sair daqui. Eu quero ser professor ou empresário. E quero ter muito dinheiro e uma mulher bonita. Quero […]
Tenho o meu portátil ligado à TV para ver as séries infinitas que não paro de acumular. Os canais tornaram-se todos uma constante repetição que já me cansa até dizer chega. Ao menos assim vejo o que quero e não o que os outros querem que eu veja, quer goste de ver quer não. Sinto-me […]