Infinita guerra, por Hélio Sequeira
O inimigo está em nós.
Novidades | Crítica editorial | Crónicas | Narrativas breves
Olhei-me ao espelho e encontrei cumplicidade.
O reparo deixou-a irritada. Tirou o resto da roupa e, pondo um pé de cada vez, deitou-se na banheira.
Aproximava-me do rochedo, derrubando as teias de aranha carregadas de geada.
Apagámos a defeituosa memória humana, a memória seletiva, a dos sonhos obsoletos.
Fascina e incomoda ligeiramente a ideia de que a mesma sorte poderia ter a minha casa de infância.
A fina linha. Fim da linha. Limite. Tudo limita. Além nada há.
Era aquele tipo de saber como quem não quer a coisa. E, a sério, eu não queria.